terça-feira, 26 de março de 2013

Como ofender (e danificar) a pele

Fofuras, o post que vos trago hoje poderia fazer facilmente parte do argumento de um filme de terror intitulado "Inchando a Pipi".
Confesso que não era o tipo de história com a qual vos queria brindar hoje, mas meus queridos, valores mais altos se levantam. E quando os valores se levantam é de bom tom irmos com eles, nem que isso obrigue a uma mudança de direcção.
Ontem à noite, estava a Muito Pipi com a sua não menos pipi irmã (a eterna Roberta), quando a primeira (que sou eu) achou que era o momento de atacar algumas imperfeições faciais. Dirigi-me então à recheada bancada da minha giríssima irmã e puxei de lá uma bem conhecida embalagem verde.
O produto é nada mais nada menos do que o Peroxiben da Isdin, um gel/soldado treinado para lidar com borbulhações e negrumes (pontos negros), que foi aconselhado a la Roberta como método de combate a altinhos do mal. 
Eu própria já tinha tido várias vezes o prazer de conviver com ele e sempre mantivemos uma relação ocasional mas feliz. Por norma, vai uma esfregadela no nariz e outra em certos pontos bem definidos. Mas ontem, por alguma razão mística, achei que estava na altura de o experimentar em todo o seu esplendor e potência (nota importante: as maçãs do rosto de La Muy Pipi têm alguma tendência à sensibilidade).
Como pessoa profundamente responsável e zelosa que sou, questionei Roberta: "Olha, isto pode aplicar-se no rosto todo?" "Sim sim, eu já usei!". Ok. Uma pessoa confia. Afinal somos irmãs. Ela não haveria de querer o meu mal. Vamos lá jorrar isto para todo o lado menos para o contorno dos olhos.
Uns minutos depois olhei-me ao espelho. E meus queridos, momento de drama e horror. A minha outrora comum face estava coberta por uma super potente vermelhidão. Amedrontada dirigi-me à minha conselheira familiar: "Roberta, é normal a pele ficar vermelha?" "É é. Não te preocupes". Pronto então, nada a temer. Hum... "Mas agora está a arder. É comum?" "É é. É tudo normal". Ah boa. Obrigada.
E assim foi durante algumas horas. O ardor passou, a vermelhidão também e a Muito Pipi mulher que sou eu continuou com a sua vida sem olhar para trás.
Tudo parecia calmo, a noite ia avançando e surgiu entretanto o momento dedicado à lavagem final dos dentes. Esfreguei como manda a lei contra as cáries e aproximei-me do espelho para verificar se tudo estava brilhante e reluzente. E sim. Estava. Dentes e bochechas. As últimas igualmente inchadas. Temi pela minha segurança facial, mas ainda confiante recorri a Roberta uma última vez: "Olha, vê lá isto. Costumas ficar assim?"
Um olhar boquiaberto (se tal coisa existe) e duras palavras: "Ai não! Que horror. Nunca vi nada assim".
Um pouco preocupada, mas não querendo retirar a produtada, rumei à caminha. Tudo para acordar hoje de manhã ainda algo danificada. Claramente não no meu melhor. Fortemente arrependida de não ter afastado de mim o cálice do gel.
Culpa do Peroxiben? Não! Culpa de yozinha mesmo (e um pouco da irmã dona do produto. Estou mesmo a ver a malvada com um caldeirão a adulterar o gel para me destruir e denegrir. Menos viajanço na maionese? Passeio pelo mundo da fantasia terminado).
Tal como já referi antes (aqui) até o melhor dos produtos pode não funcionar bem em todas as zonas do corpo. So... como driblar más reacções da pele?
Conhecendo e respeitando a dita cuja. Ora, obviamente se há uma zona sensível do vosso corpo ela deve ser tratada com muito mais carinho e atenção.
Dito isto, Peroxiben é tudo de bom para um uso em locais que realmente precisam de ser algo violentados. Mais, tivesse a pessoa Muito Pipi em mim ouvido os gritos ardentes das suas bochechas e provavelmente nada disto teria acontecido.
Aproveito entretanto para esclarecer que a etiqueta Hot Damn associada a este post nada tem a ver com o ardor bochechal sentido ontem. Não não meus fofos. Para mais esclarecimento quanto aos pouco usuais (?) nomes das etiquetas corram para aqui.
E é isto. A maravilhosa história de como uma pessoa pode ser chicoteada e castigada pela sua pele. E assim me despeço por hoje. Vou descansar para me recuperar. Este tipo de emoções abalam uma pessoa.

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