segunda-feira, 20 de abril de 2015

O retocador de pilosidades oculares

Loucura! Um post! Loucura! Para falar de um assunto com quase 2 anos. Dupla loucura! E pois que é chegado o (atrasado atrasadão) momento de dedicar as próximas linhas ao S Curler da Shu Uemura. Loucura final! Bem sei que passou muito muitoooo tempo desde que falei dele (aqui) e prometi partilhar todos os pormenores escabrosos da nossa relação. Mas bom, este pessoa que vos escreve tem toda uma associação com a lentidão.
A Muito Pipi tem pestanas com alguma curva, é um facto. Mas tem igualmente olhos algo saídos (para usar as palavras de uma querida amiga a quem podemos chamar Janette!). Tudo embrulhado num misto de emoções que culmina num canto externo recheado de pestanas que parecem sair do olho e querer saltar para a pele, tal não é o entusiasmo com que se curvam para fora do espaço que deveriam orgulhosamente ocupar, dificultando profundamente toda e qualquer tentativa de chegar às reles com um curvex normal. 
E aqui entra o fofo do S Curler. Porque se há área em que este pequenino brilha é no ataque a coisas aparentemente indomáveis, particularmente quando enfiadas em locais de difícil acesso. No fundo para mim ele é um aperfeiçoador de pormenores das trevas. E para isso é muitíssimo bom!
Agora, uma coisa muito importante: manejar o material exige alguma experiência. Na verdade acho-o bem mais assustador do que um curvador de pestanas normal, em particular porque é suposto pressioná-lo contra a pálpebra para estabilizar o bicho. E esse momento tende a ser um bocado perturbador. Mas bom, com algum treino, amor e carinho a pessoa passa a aceitar que um esmagamentozinho ocular não é nada em comparação com a alegria que um bom empurrão nas pestanas causa.

Para o pessoal que se questiona se um destes substitui um dos grandes posso dizer, sem qualquer dúvida, que não. Para mim não mesmo! Acho o S Curler um excelente jogador de equipa. Um retocador sempre ao serviço da causa belezística. Mas nesta cara não é claramente a estrela da educação pestanal.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Petit, I love you!

A Muito Pipi esperava ansiosamente pelo entrada da colecção da Júlia Petit no site da MAC. O plano incluía rapinar dois dos batons e o blush. E pois que aguardei. E pois que a dita cuja chegou. E pois que me devo ter distraído porque quando me apercebi tudo o que eu queria já estava esgotado. Nããããããããããõooooooooooooo! Maldição! Mas como? Como?! 
Desanimada, mas cheia de vontade, joguei-me para dentro da Harvey Nichols. E eis que, num espacinho perto de uma das portas, encontrei a Júlia. Linda e maravilhosa, sentada nuns nenúfares, com o seu cabelo volumoso e vestido transparente. Pequeniiiina, mas quase quase de carne e osso. A emoção foi tal que não consegui conter um guinchinho de entusiasmo. E pois que corri para encontrar os meus objectos de desejo e pois que, alegria das alegrias, consegui tudo o que desejava.
Depois de vários dias a usar intensivamente os batons e o blush (que é como quem diz uma vez ao dia), posso agora afirmar aquilo que já previa: a colecção Petit está mesmo um poder! Embora seja fã da MAC, a verdade é que as embalagens não me costumam deixar louca. Já as da Júlia, não fugindo muito ao habitual, têm pequenos toques que me encantaram. A cor das letras, o brilho do preto. Amor amor amor! E as cores? Oh, as cores!
O blush, carinhosamente conhecido como Linda, é muito maravilhoso. É este o poder das explicações profissionais. Não sei bem como descrever a cor (talvez um bege/coral/pêssego com brilhos dourados quase imperceptíveis), mas posso atestar o seu poder pintante. Na verdade eu sou uma branquinha à séria, portanto por norma não me queixo grandemente da capacidade dos produtos para largar cor em mim. Mas neste caso a pigmentação é forte de facto.
O Petite Red, um batom vermelho, cujo nome homenageia o pai da ruiva maravilha, foi outro tiro certeiro. Bom, descrever cores é sempre uma aventura. Até porque as pessoas percepcionam os tons de forma diferente. Mas para mim ele tem sem dúvida um toque rosado. Segundo a própria da Júlia, esta cor já existiu outrora, em forma de lápis retráctil. Abençoada seja pois a recriação do bicho, que isto é cor potente.
No estilo suave, lábios gostosamente naturais, o Boca é o senhor. Confesso que não sou uma mega fã de nudalhadas. Por isso mesmo achei que podia ser giro dar uma oportunidade a uma criação da inspirada (e inspiradora) Júlia. E ainda bem fofuras! Este está a transformar-se rapidamente num queridinho, em particular em dias de maior elaboração maquiante.
A fórmula de ambos os batons é algo meio mate. Na aplicação parecem cremosos e deslizam bem, mas depois de secos ficam sem brilho. São fáceis de aplicar e mantém-se bem nos lábios.
Seguindo os conselhos da Coisas & Cenas, importa dizer que, usando o Boca num dia de almoço indiano super gorduroso, a coisa correu bem. Reapliquei-o depois de ter comido tudo aquilo a que tinha direito (e passadas umas 4 horas do primeiro contacto com o dito cujo) e nessa altura ainda havia uma mancha bonita de batom. Já o Petite Red foi posto à prova num dia de sushi e portou-se igualmente que nem um bom menino. A minha boca não é muito grande, pelo que quando há comida volumosa envolvida é praticamente impossível evitar um forte roçanço alimentar nos lábios. Ainda assim, o vermelhinho rosado manteve a sua gostosidade, com uns ligeiros arrancamentos no centro dos lábios. Ou seja, não são de super longa duração, mas também não desaparecem da boca sem uma pessoa saber como nem porquê.
De resto, devo dizer que na MAC meti as minha mãos em tudo o que havia da Júlia. Claramente não veio tudo comigo para casa, mas a verdade é que mesmo as coisas que não trouxe deixaram saudades. Mais uma razão para voltar à Harvey Nichols. Ou a qualquer MAC. Senhores da marca americana, por favor guardem-me os restos!

terça-feira, 24 de março de 2015

Pestanizando por medida parte 2

E pois que já tenho o meu material Bespoke!
Depois da partilha entusiasmada do último post, eis que há uns dias atrás deixei que a Eyeko tomasse conta das minhas pestanas.
O processo é de facto muito semelhante ao que descrevi aqui, mas sem a presença do editor de pestanas. Ohhhhhhhhhhhhh.... onde andaria ele? Terá fugido, assustado pelas batidas fortes do meu pestaname? Não sei... Terá a existência dele sido fruto da minha imaginação pesquisante? Não sei... Só sei que não estava lá!

De qualquer forma, fui muito bem atendida por uma animada senhora de sotaque francês a quem disse não ser muito fã de pêlos super coladinhos, preferir volume a alongamento e desejar uma coisa mais naturalzinha. Posto isto, a estilista pestanal soltou a sua descrição do material Muito Pipi: pestanas volumosas, muito longas e medianamente curvadas. Ah bom! Partilhas escaldantes e imprevistas.
A meio do processo a simpática senhora achou por bem perguntar qual era a minha nacionalidade. Revelação feita, choque do outro lado: "Portuguesa? Nunca imaginaria! Parece-me irlandesa."
Aparentemente há toda uma pele que nega a minha nacionalidade. E com isto vai daqui todo um rimmel carregado de solidariedade para os branquinhos portugueses. Sim! Porque há pessoas de pele clara em Portugal. E por mais que o mundo da maquiagem nos negue um espaço no nosso próprio país, a verdade é que existimos! Somos brancos, até mesmo transparentes, mas somos residentes. Bem... alguns de nós.
De volta à experiência Bespoke. Experimentei duas escovinhas: uma grossona e uma curvada. Achei logo a curvada mais gira e escolhi-a, claro, que uma pessoa gosta de ter coisas giras a roçar no seu olho. E também porque gostei do efeito "as minhas pestanas mas melhores".
Tenho usado o bicho todos os dias desde 6ª feira e devo dizer que sinto que este pode ser o início de uma grande história de amor. Daquelas poligâmicas, mas ainda assim cheias de sentimento. Entretanto ando ainda a aprender a dominar a escova que, segundo me explicaram, pode ser usada de várias formas.
E agora, num momento de inovação iniciado no instagram (aqui) deliciem-se com o poder das imagens. Tentei aproximar bem a coisa do olho para que pudessem ver o melhor possível o material depois de bespokado. O olho de cima (hum...) não se aproximou de nenhum tipo de curvador de pestanas. O de baixo levou uma curvadela amiga antes da aplicação do rimmel. As pestanas inferiores, em ambos os casos, encontram-se completamente desnudadas. Passou-me!
Considerações finais: a experiência é muito gira mesmo! Aconselho a qualquer pessoa que não se sinta ofendida pelo preço e, mais ainda, a quem vive dramas pestanais.
O horror dos horrores é que, depois desta experiência inovadora, quero mais! Quero muitas máscaras. De estilos diferentes. Em diversas cores. Todas feitas para mim! Quão estranho pode ser ter várias Bespoke? Até podia voltar à Harvey Nichols amanhã... Mas tenho medo que a senhora francesa ache que, para além de falsa portuguesa, sou louca. Talvez deixe passar um tempinho... talvez um tempão.
Eyeko, I will be back!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Pestanizando por medida

Se há coisa que entusiasma a Muito Pipi (em conjunto com miniaturas e outros materiais deliciosos), é uma boa, velha e amiga personalização. Como não adorar coisas feitas para nós? E, mais ainda, com o nosso nome? Como, pergunto eu? Como?!
Será fácil compreender toda a alegria, emoção e (admita-se) alguma histeria que tomaram conta de mim quando recebi a notícia de que a Eyeko andava desde o início do mês a criar máscaras de pestanas customizadas. Bespoke! "Ai, mas como assim?" perguntei eu ao meu próprio ser, numa salada de perturbação e excitação.
Ora bem fofuras, pois que a coisa parece funcionar da seguinte maneira: quando em Londres, uma pessoa vai até Knightsbridge, dirige-se à Eyeko da Harvey Nichols e deita para fora as pestanas (que idealmente já deverão estar para fora, até porque qualquer outro cenário me parece profundamente doloroso!). À vossa espera estarão um estilista pestanal, preparado para ouvir todas as vossas queixas e anseios, e um editor de máscaras de pestanas, treinado para percorrer os aplicadores e fórmulas da marca e criar o produto perfeito. Ohhhhhhhhhhhhh! Siiiiimmmm!
Vale partilhar todas as vossas dores, todos os vossos sonhos e quaisquer desejos escaldantes que envolvam pêlos oculares. Depois disso há espaço para toda uma pré-selecção de material, que culmina com um momento lúdico, recheados de escovinhas limpas e fórmulas mascarantes. Tudo isto em cerca de 15 minutos. O resultado: uma prescrição em forma de mistura de emoções para pestanas, protegida por uma caixa fofamente identificada com as iniciais do respectivo dono. Ohhhhhhhhhhhhhhhhh! Quero tanto!
Aguardem-me fofuras, que para a semana será a minha vez de meter os olhos num Bespoke. Vou soltar a franga na Harvey Nichols! Se também quiserem soltar coisas (o que quer que seja!) por lá, podem simplesmente aparecer ou fazer uma marcação através de bespoke@eyeko.com, que foi basicamente o que eu fiz.
Todo este serviço de amor custa 28 libras (quase 40 euros). Que horror gritarão alguns! Que maravilha, gincharei eu, aguardando ansiosamente pelo encontro entre as minhas pestanas e o seu príncipe encantado.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Solta-se o Oscar

Confesso que este ano a passadeira vermelha dos Oscars não me fez soltar a franga decapitada da paixão e correr por essa blogosfera fora a pregar o meu amor.
Ainda assim, como houve algumas escolhas que captaram a minha atenção, cá me encontro para partilhar belos pedaços. Pedaços de rosto. De cabelo. E de roupa. 
Na categoria favoritos maquiantes, para mim a estrela da noite foi sem dúvida a linda Chloë Moretz. Fiquei maravilhada com a forma jovem, suave e naturalmente bonita como a actriz norte americana se apresentou.
Seguindo a ideia de simplicidade embelezadora, desta vez na secção cabelo, Gwyneth Paltrow saiu à rua sem grandes piruetas capilares. Impecável, elegante, com um toque especial (e uns brincos muuuuiiito bons!). Maravilhosa!
Maquiagem desafiadoramente neutra + cabelo assimetricamente equilibrado + vestido sofisticadamente sensual = Emma Stone. Para mim a combinação resultou num visual belo, cheio de luz, cor e detalhes.


Confesso que não concordo de todo com a máxima "com um vestido preto nunca me comprometo". Acho que o preto nos pode comprometer sim. Como o branco. O azul. O verde. O laranja. Como qualquer cor!
Para mim claramente Rosamund Pike esteve longe de se comprometer. Pelo menos em qualquer sentido pejorativo. E assim lá veio ela, vermelhona, sedutora e polida. E muito, muito bonita!
Bem sei que a blogosfera elouqueceu com comparações entre o belíssimo vestido de Jennifer Lopez e o, para mim mais interessante, modelo de Luciana Pedraza. Pela cor, pela ausência de cinto e pelo pormenor da barra perto do chão, este tornou-se sem dúvida um dos meus favoritos da noite.
E Felicity Jones? O que dizer deste vestido poder total? Deslumbrante! A combinação da elaboração justa ao corpo na parte de cima com a suavidade princesal da parte de baixo entusiasmaram-me realmente. Mais: a actriz só não faz parte das minhas queridinhas faciais porque sinto que a proposta da Marlene Vinha (um batom de famílias laranjais) teria funcionado bastante melhor.
E eis que chegámos ao momento "vestido maravilhoso que fica bem até com o fato e a estatueta do marido", protagonizado por Hannah Bagshawe. Um vestido subtil mas especial, com aquilo que me parecem ser umas belas penas. Haja mulher pássara na passadeira vermelha. Sublime!


E para terminar, Chloë de novo, agora por amor ao vestido. Embora reconheça algum peso ao dito cujo, a verdade é que gosto muito dele. Suave, romântico e com um toque renascentista. Super amor!

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Protector quando? Talvez depois

Estávamos em Maio de 2013. A Muito Pipi desculpava-se por não escrever no blog há 4 dias (mal se sabia a avalanche de ausência postiana que se faria sentir mais à frente) e partilhava algumas ideias relacionadas com o dilema "protector solar - antes ou depois do hidratante" (desejosos de regressar ao passado? É por aqui).
Na altura fazia todo o sentido para mim proteger primeiro e hidratar depois. Mas fofuras, tal como aconteceu com o drama da lavagem matinal, a verdade é que de lá para cá muitas coisas mudaram. O filme agora é outro. E inclui imagens fortes de hidratadela antes da protecção solar.
De uma forma geral tenho uma postura muito cuidadosa no que diz respeito aos cuidados de pele. Ao contrário da maquiagem, que tende a saltar das prateleiras para a minha mala no calor do momento, quando o assunto é pele pura e dura a metodologia é bem menos livre. Como escolhe então a Muito Pipi os seus produtos? Pesquisando meus queridos. Pesquisando forte e feio. Lendo rótulos. Ignorando ingredientes que são vendidos como ouro e jorrando para a cara activos cuja eficácia é suportada pela ciência. 
E é exactamente por isso que sou fã fanzona do Pedro (já idolatrado aqui), do Cosme Asia. E sim... foi ele, no meio de muitas outras opiniões, que me fez rever a posição do protector solar na rotina belezística, com um belíssimo texto escrito para o Stash (este). Por lá, entre outras coisas, é feita referência a um artigo científico que apresenta a hidratação como uma amiga impulsionadora do protector solar. Obviamente isto não significa que estamos perante uma verdade absoluta e incontestável. Nem que quem se protege do sol de forma diferente é um louco sem noção, que merece ser enjaulado num cave escura e apedrejado com frascos de hidratante (até porque apedrejar com frascos pode ser difícil!).
Para mim o mais importante é a informação. Se se preocupam com cuidados de pele, conseguir tomar decisões informadas e reflectir acerca dos produtos com os quais contraem matrimónio pode ser tão importante como parar para pensar em qualquer outro assunto.
Posto isto, eu branquinha Muito Pipi assumo: mudei de opinião. E espero mudar muitas mais vezes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dior reciclado

Há quase um ano atrás (aqui), a Muito Pipi chorava o desaparecimento de um dos seus perfumes favoritos e partilhava o nascimento de uma nova fragrância, numa altura em que ainda não era claro o rumo que a relação com o Miss Dior Blooming Bouquet iria tomar.
Hoje, muitas borrifadelas depois, posso dizer que eu e ele estamos juntos para o que der e vier. Em particular se a Dior não lhe der sumiço e se não vier uma nave espacial cheia de marcianos sugar uma por uma todas as embalagens do dito cujo. Oremos irmãos e esperemos pelo melhor!
Repetição importante: o primeiro post em que falei do Blooming Bouquet tem quase um ano de vida. Guardem esta informação com carinho, por favor!
Há cerca de de duas semanas atrás, ia esta consumista Muito Pipi que vos escreve a passear alegremente por uma gigantesca Boots londrina quando, muito ao estilo "Oasis for men" (como ilustra a imagem Modern Familiana), foi atacada por um senhor de perfume em riste. "Quer experimentar o novo Dior?"
"Siiiimmmmm!"
Mas afinal não. Aquela não era uma novidade vinda directamente do paraíso da perfumaria francesa. Não! Não! Mil vezes não! Aquele era o Miss Dior Blooming Bouquet. Maravilhoso, cheiroso e amoroso, mas não novo.
De uma maneira educada e simpática, expliquei: "Eu já tenho. E adoro!"
A resposta foi curta, grossa (em português de Portugal e do Brasil) e inesperada, servida numa bandeja pintada com o rígido pincel do desdém: "Ah que bom! É a primeira pessoa a tê-lo!".
Chocada que fiquei, parei para pensar. Estaria eu a confundir? Poderia aquela ser uma nova versão, ultra fantástica, jorrada para dentro de uma embalagem reciclada? Estaria eu a entrar no mundo da loucura perfumante e a ver em todos os perfumes o meu amado? "Bom... talvez esteja enganada. Mostre-mo então outra vez, por favor." Tudo calmo, tudo tranquilo, tudo simpático. Mas não havia como negar. Aquele era mesmo o perfume que eu julgava ser. Explicada a certeza ao vendedor, a reacção não se fez tardar: "Que bom para si!"
Verdadeiramente incomodada, mas não sem antes explicar ao dominador das datas de nascimento dos produtos perfumantes da Dior que aquele amiguinho já andava à solta há bem mais de 6 meses, dirigi-me para a caixa. Mais do que a falta de educação do vendedor, intrigava-me a certeza expressa nas palavras.
Hum... estaria ele a tentar ludibriar pobres compradores, prontos a ajoelhar-se aos seus pés perante a possibilidade de conhecer uma nova criação da Dior? Teria ele próprio sido ludibriado por um supervisor diabólico, desejoso de ver o seu colaborador humilhado e atirado para a sarjeta perfumante mais próxima? Ou, loucura das locuras, seria Portugal uma meca da perfumaria, por onde todos os produtos passavam antes de serem lançados em Londres? Tantas questões!
Na dúvida, fixem a embalagem acima! A rosadinha fechada com um laço prateado. E não! Este não é o novo perfume da Dior.